10 anos de tatuagem… nem parece real falar isso em voz alta. Comecei lá em 2015, com quase 15 anos, na coragem, na vontade e sem nenhuma condição. Eu só tinha um sonho e uma certeza: que eu ia fazer acontecer. Foi difícil. Quem me conhece de verdade sabe… não tinha dinheiro, não tinha estrutura, não tinha apoio. Tinha só a fé, a vontade de aprender e a obsessão de mudar minha vida. Cada traço, cada cliente que acreditou em mim no início, cada erro que virou aprendizado… tudo isso me trouxe até aqui. Hoje, olhando pra trás, eu só tenho gratidão. Por mim, que nunca desisti. Por quem me apoiou no caminho. E por todos vocês que me acompanham e confiam no meu trabalho. 10 anos riscando pele, transformando histórias e vivendo do que eu amo. E sabe de uma coisa? Isso aqui é só o começo.
Aprendi a ser grata — pelas conquistas, pelos recomeços, pelos detalhes que florescem mesmo nos dias mais difíceis. Mas também aprendi que a gratidão não me obriga a ignorar minhas dores. Há espaço dentro de mim para agradecer e, ainda assim, sentir o peso do que me fere. Posso sorrir com o que tenho, e ao mesmo tempo, chorar pelo que perdi ou ainda não compreendi. A dor também fala. Ela ensina, alerta, transforma. Ser grata não me torna imune. Me torna humana. E ser humana é saber que tudo pode coexistir: a luz, a sombra, o riso e a lágrima. E está tudo bem.